Dois soldados, armados até aos dentes, caminham por campos devastados e caminhos sinuosos até chegar junto de um rio. Um deles para saciar a fome e a sede aceita ficar cego. Pouco depois, o infeliz descansa sobre um castanheiro com maravilhosas propriedades curativas. Entretanto, inesperados acontecimentos ajudam-no a recuperar a visão. De seguida, prepara-se para reencontrar o companheiro. Durante os anos 70 do Século XX Português, Trás-os-Montes permanecia uma região algo inacessível, como se fosse um outro país dentro do país por explorar e compreender. TRÁS-OS-MONTES era, igualmente, o nome de um novo espaço cinematográfico, serenamente, desbravado e conquistado por António Reis e Margarida Cordeiro. Um filme rodado em 1974 e estreado em 1976, aliás, citado no VEREDAS, 1975-1977, a obra com que João César Monteiro abria novos horizontes e uma nova fase da sua carreira, uma viagem pelo imaginário dos Contos Tradicionais Portugueses adaptando ao cinema a sua visão do mundo, do povo e das raízes de uma parte