No tempo das cartas e das fotografias analógicas, das matinés do Londres e do Quarteto, Nena e Ricardo inventaram o amor. Vinte anos depois, no tempo das selfies e do cinema digital, Manel ainda não sabe o que é o amor. Em tom agridoce, algures entre os registos de João Nicolau e Jacinto Lucas Pires, “Amor, Avenidas Novas” é uma comédia musical sobre o primeiro amor entre jovens a entrar na idade adulta, desmotivados e desesperados, numa cidade cada vez mais gentrificada e precarizada que só os quer explorar. Mas eis que, graças ao cinema e à música de Lena d’Água, o amor ainda é possível. (PC)