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[ST] Porto 1975 Mobilização Geral - Filme-Concerto

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Quando, nos primeiros meses de 1975, José Alves de Sousa (Vila Nova de Gaia, 1942) adquiriu uma máquina de filmar e um projetor Super 8 em Andorra, “estava ainda longe de saber que existia um grande movimento em volta do cinema não profissional”. Foi mais ou menos pela mesma altura em que travou conhecimento com algumas pessoas que se movimentavam em volta do Cineclube do Porto, cuja direção integrou desde o “verão quente” de 1975 até inícios da década de 1980, “onde existia uma importante secção de cinema amador”, e onde “era frequente mostrarem uns aos outros os filmes que iam fazendo”.

Em boa hora adquiriu essa câmara, pois graças a ela registou testemunhos de uma época revolucionária e de grande entusiasmo ligado à participação política, numa verdadeira festa da democracia. São sobretudo dessa época as imagens que aqui mostramos, registando nas ruas e praças da cidade do Porto uma enorme mobilização popular que hoje em dia, perante a aparente indiferença geral relativamente à participação política, nos parecem de um tempo e de um lugar para sempre desaparecidos.

O que vemos nesses filmes foi registado em várias datas importantes para a consolidação do nosso regime democrático atual. “Opositor ao Estado Novo”, Alves de Sousa nunca tomou, apesar disso, “um grande partido por qualquer das fações políticas que então se confrontavam, originando até algumas críticas dos colegas do Cineclube do Porto, bastante mais politizados, pela neutralidade dos meus filmes”. A estes três filmes que registam datas importantes neste nosso percurso para uma sociedade democrática juntamos um outro registo muito diferente, também por razões, digamos, de carácter mais “local”: trata-se de um retrato da praia de Vila Chã, em Vila do Conde, que o autor destas imagens “frequentava bastante nessa altura, e onde em cada visita ia filmando aspetos da natureza e do trabalho”. 

Estes, e muitos outros filmes, incluindo obras de ficção, ficaram guardados e invisíveis durante muito tempo, tendo sido resgatados graças ao entusiasmo e à persistência do nosso amigo Francisco Laranjeira, que promoveu a sua digitalização e apresentação.

Alguns destes filmes foram já mostrados com música ao vivo, mas desta vez, propomos uma nova abordagem, com a palavra de Rodrigo Brandão a servir de comentário, reforço ou contraponto às imagens de Alves de Sousa. Brandão, agitador, poeta e performer de “spoken word”, deixou logo no seu segundo álbum, “Outros Espaço”, uma marca forte no contexto do jazz mais revolucionário.

Entretanto, Brandão veio viver para Lisboa, e é com uma banda constituída por alguns dos protagonistas do lado mais exploratório do jazz e da música improvisada feita em Portugal (Rodrigo Amado, Hernâni Faustino ou João Valinho) e da eletrónica mais experimental (Carla Santana) que se vai apresentar no Curtas Vila do Conde para dar nova vida e novos significados às imagens que Alves de Sousa registou há quase cinco décadas, precisamente neste ano em que se passaram tantos anos de democracia em Portugal quantos os que tinha durado a ditadura derrubada em Abril de 1974.

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