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Centenário António Campos

António Campos é um dos cineastas mais singulares do cinema português do século passado. Autodidata, iniciou o seu percurso artístico no cinema de amadores, com uma máquina de película 8mm e a colaboração de um grupo de teatro amador de Leiria, a sua terra natal. Os seus primeiros filmes de destaque foram ficcionais (“Um Tesoiro” e “O Senhor”, 1958-1959), e com eles venceria importantes prémios em festivais de cinema de amadores como Carcassone, mas seriam os filmes documentais, que começaria a filmar no início da década de 1960, como “Leiria 1960” (1960) e “A Almadraba Atuneira” (1961), que lhe valeriam o epíteto de precursor da antropologia visual em Portugal ou de pai do cinema etnográfico português.

Ao contrário do que provavelmente esperava, a mudança para Lisboa, e para a Fundação Gulbenkian, onde trabalhou como técnico de cinema, não permitiu que entrasse no ecossistema profissional do cinema em Portugal. Seria numa posição marginal que prosseguiria a sua obra fílmica, nomeadamente com “Vilarinho das Furnas” (1971), um filme sobre o desaparecimento de uma comunidade provocado pela construção de uma barragem, “Gente da Praia de Vieira” (1976), sobre uma comunidade piscatória a vivenciar significativas transformações sócio-económicas e culturais, ou “Paredes Pintadas da Revolução Portuguesa” (1976), filme sobre as paredes e muros da cidade de Lisboa que se tornaram um meio de celebração para imagens e palavras revolucionárias.

Na última fase da sua carreira, voltaria à ficção e a um registo mais místico ou fantástico, com obras como “Histórias Selvagens” (1978), “Ti Miséria” (1979) ou “A Tremonha de Cristal” (1993). Em 1997, dois anos antes de morrer, Campos manifestava-se “desconfortável com um cinema onde predomine a figura do produtor e fortemente avesso a uma organização que pudesse afectar a sua liberdade”. Ao longo da sua carreira artística, ele procurou sobretudo um registo fílmico que lhe possibilitasse “um outro cinema mais arrojado, um ‘anticinema’”. 

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